sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

LBD



Por eras associadas ao luto, o LBD (little Black dress) tem duas fases de “existência”, pré e pós Coco Chanel. Desde a era feudal européia, o vestido preto era usado somente em épocas de luto, podendo ser para toda a vida das viúvas da época feudal. Na era vitoriana, o luto tinha varias etapas e sua vestimenta variava com o passar dos meses, podendo durar de dois anos até o fim da vida da viúva. Com o inicio do século XX e da Belle Epoque, o luto era mais “flexível” e determinado pela viúva, que poderia adicionar jóias e enfeites a suas vestimentas. Contudo, com o inicio da Primeira Guerra Mundial e a grande epidemia de Gripe Espanhola pela Europa, o uso do preto se tornou bem mais comum do que em qualquer época.

Em meados de 1920, Coco Chanel , que já, timidamente, abolira o espartilho e adicionara a calça feminina na moda, criou o primeiro LBD da história da moda, com o objetivo de ser pratico, acessível, versátil e duradouro. O mesmo  foi publicado em 1926 na Vogue US e tinha comprimento mediano, mangas compridas e decorado apenas com algumas linhas verticais. Apelidado de “Chanel Ford”, pois, como o Ford T (primeiro carro realmente acessível a população) era simples e acessível a todas as mulheres. Na mesma edição, a Vogue disse que o LBD se tornaria um “uniforme para todas as mulheres de bom gosto”.

[caption id="attachment_2394" align="aligncenter" width="529" caption="Audrey Hepburn e o LBD de Givenchy em "Breakfast at Tiffany's" e o Chanel Ford, desenhado por Chanel em 1924"][/caption]

Depois de um tempo, durante a Grande Depressão, o LDB se popularizou tanto na Europa quando nos EUA, sendo usado por grandes atrizes de Hollywood da época. Já na II Guerra Mundial o vestido preto se tornou “uniforme” para as mulheres por causa do racionamento de tecidos. Após o período tenebroso da II Guerra, Dior e o New Look, criam a imagem do preto como símbolo da mulher perigosa, as Femmes Fatale, tornando o vestido preto muito popular a partir daí.

Em 1961, Audrey Hepburn imortalizou de vez o LBD ao vestir um da Givenchy na cena inicial de Breakfast at Tiffany’s, afirmando o reinado do vestido preto. A partir daí, o LBD foi introduzido tanto em eventos como red carpets quanto em ocasiões casuas e extremamente triviais. Na década de 80 o vestido preto era associado a moda punk, diferentemente dos anos 90, onde virou peça básica e símbolo do minimalismo que dominou a década.

Um comentário:

  1. [...] uma das mais famosas da história do cinema, usando um modelo de hastes pretas, combinado com um LBD, luvas e um colar de perolas.O wayfarer  voltou a ser mania em 2009, quando icones como Lady Gaga [...]

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