segunda-feira, 30 de abril de 2012

Annie Hall


Traduzido para Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, o filme de 1977, dirigido pelo seu protagonista Woody Allen, conta a história de Alvy Singer (Allen), um humorista judeu e divorciado que faz análise há quinze anos e acaba se apaixonando por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora em início de carreira e personalidade bastante peculiar. A trama mostra o relacionamento entre os dois com diálogos muito bem estruturados. Para criar Annie, muitas características foram roubadas de Diane e adicionadas à personagem. Podemos concluir que isso foi uma espécie de presente estranho que Woody Allen deu para sua namorada na época (sim, eles namoraram na década de 70).



Muito antes da febre boyfriend atual, o longa trouxe às telas a ousadia dos figurinos masculinos de Annie Hall. Em cena, a protagonista abusou de peças masculinas e desestruturadas como coletes, gravatas, blazers e, até mesmo, fraque. A personagem interpretada divinamente por Diane Keaton representou uma androginia que soube se apropriar dos melhores elementos do vestuário masculino.

Boatos indicam que a autoria do figurino de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa se tornou motivo de mal estar entre a figurinista Ruth Morley e Woody Allen. Conforme entrevistas concedidas por Allen, as roupas utilizadas em cena eram um mix do guarda-roupa dele e de Diane, ou seja, o estilo da personagem pertencia à própria atriz, que já se vestia daquela maneira na vida real. A prova disso, são as roupas que atriz utiliza nos dias de hoje:

[caption id="attachment_3938" align="aligncenter" width="529"] Diane Keaton divinamente vestida[/caption]

Independentemente da autoria, o figurino de Annie Hall foi um marco na história do cinema, pois o excêntrico guarda-roupa de Diane, fez dela um ícone da moda bastante improvável da década de 1970 e deu um empurrãozinho nas mulheres que tinham vontade, mas não coragem, de assumir o look boyfriend.

domingo, 29 de abril de 2012

Desejo de inverno: camera bags


Sim, você leu certo. As camera bags, popularmente conhecidas por sua eficácia na hora de carregar e proteger nossas queridas máquinas fotográficas, viraram objeto de desejo entre as fashionistas e it girls do momento.

A peça ganhou uma releitura atual, fashionista, feminina e com acabamentos modernos. Pequenas e estruturadas, as camera bags dão um ar bastante retrô ao visual das mulheres ao redor do mundo que já se renderam a essa belezinha.

A largada foi dada em setembro de 2011 pela grife Proenza Schouler, com bolsas feitas em couro e metal, com correntes grossas prateadas no lugar das alças em tamanho mini. Logo atrás veio Lanvin e Kenzo, que também apostaram no modelo e criaram as bolsas que hoje são a peça principal do closet das principais lançadoras de tendências. Abaixo, modelo bicolor de Proenza Schouler, em camelo da Adô Atelier, branca da Kipling (que aparece na abertura do post), black & white da Le Postiche e uma menorzinha com alça também da Kipling.



Como usar

As camera bags podem ser usadas no dia a dia e em produções mais sofisticadas. Para deixar o visual mais autêntico e com personalidade, o ideal é que a bolsa seja carregada na mão, como se fosse uma clutch. Quem quiser encher o seu look de nostalgia, pode utilizar sua alça lateral, deixando ao lado do corpo.



Quem usa

Quem adotou a tendência no Brasil, foi a modelo, atriz e apresentadora Fiorella Mattheis que acertou na proposta e mostrou que entende de moda.

sábado, 28 de abril de 2012

Acessórios I - Colares



Jóias são essenciais para as mulheres. Sendo verdadeiras ou simples bijuterias, esses acessórios completam qualquer look e, de todos os outros, os colares são um dos nossos acessórios favoritos e os mais básicos para uma produção mais elaborada. Mas, que nós mulheres amamos não é nenhuma novidade, mas o que eles pensam sobre os colares?

O que eles pensam de hoje conta com a presença de dois ilustres rapazes:



André Valença Carnevale

Carioca de nascimento, gaúcho por opção, André veio morar na serra gaúcha para estudar Hotelaria. O cara tem 22 anos e adora escrever.

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Lucas Schwantes

Natural de São Leopoldo (e morador da mesma cidade), o gaúcho de 21 anos é assistente editorial na empresa UseFashion.

Vamos lá?

Com escritos: Seja o seu nome ou uma palavra bonitinha (ou não) os colares com nome são febre desde a época de Sex and the city, onde a nossa idolatrada Carrie usava um desses na cor dourada.



André: Acredito que uma inicial de um nome levanta certa curiosidade nos homens, qual será o nome dela? Porém ter o nome inteiro no pescoço acaba com todo o charme e curiosidade que o cara tem sobre ela. Todo o início de uma conversa se resume em descobrir o nome da mulher, porém essa conversa diminui com o seu nome estampado.

Lucas: Quem não lembra do icônico colar de Luma de Oliveira com o lustroso escrito "EIKE"? Um espetáculo! Acho bacana usar o nome do namorado. Fica um lance meio dono, sabe? Usar o próprio nome dá um toque egocêntrico muito charmoso pra mulher. Coisa de personalidade. Fora essas opções, não gosto muito não. Sem essa de "paz", "amor" ou "filhos".

Chocker metálico: Vulgarmente conhecido como “coleira” esses colares são tendência desde o inverno passado e continuam em alta nesta temporada. É ideal para quem quer ousar no look com um acessório pesado. Kim Kardashian adora esse tipo de colar.


André: No pé da letra, RIDICULO, a primeira impressão que eu teria sobre alguém que usa esse tipo de objeto é que ela acabou de sair do Pet Shop.

Lucas: Mulheres podem ter ficado chocadas com meu comentários acima, mas qual é? Usar essas coleiras é pior, muito pior. Não gosto, por mais dourado esfuziante seja.

Gola avulsa: A chamada gola “Peter Pan” é usada como colar e faz sucesso há algum tempo no hemisfério norte. Essa moda chegou aqui na estação passada e possui adeptas como Alexa Chung e Zoey Deschannel.



André: Se usado com uma combinação certa de roupa pode se tornar algo bonito parecendo uma gola pólo, porém sendo usado com algum estilo radical se tornará uma coleira do tópico acima.

Lucas: Acho muito charme. Charme mesmo. Confesso que nunca vi alguém usando isso, ao vivo. Mas deveriam. Usem mais golas meninas. O sonho de todo homem é ajeitar carinhosamente as golas da mulher.

Maxi: Amado por umas, odiado por outras, a peça polêmica tem como uma de suas principais adeptas a it girl do momento Olivia Palermo mas, mesmo assim, diverge opiniões em lookbooks e street looks.



André: Um colar deve ser algo delicado numa mulher, algo que destaque a beleza de seu pescoço. Esse tipo de colar tampa todo o pescoço e por ser considerado um ponto sexy pelos homens, não é um lugar que deveria ser escondido.

Lucas: Prefiro discrição. Simples assim.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Inès De La Fressange


Estilo e sofisticação não se compram, principalmente se os mesmos forem “made in France”. Uma das únicas pessoas que conseguiram expressar ao máximo esse estilo é a eterna Chanel Girl, Inès De La Fressange, ex-modelo, estilista e agora escritora. Nascida Inès Marie Laetitia Églantine Isabelle de Seignard de La Fressange, filha de um Marquês e uma modelo argentina, a francesa viveu toda a sua vida nos arredores de Paris e começou sua vida de modelo aos 16 anos.

Aos 17 fez seu primeiro trabalho para a revista ELLE francesa e logo depois desfilou para Thierry Mugler, ganhando o apelido “the talking model”. Alguns anos depois, a jovem modelo foi a primeira manequim da história a assinar um contrato de exclusividade com uma Maison. No caso de Inès, a Maison era simplesmente a Chanel.



A modelo foi escolhida por Karl pois o Kaiser achava Inès muito parecida com Coco fisicamente. A parceria durou até 89, quando a label demitiu a modelo pois a mesma teria posado para a composição do busto de Marianne, simbolo onipresente do governo francês. Segundo Karl, seria “vulgar vestir um monumento".

Em 1991 a moça desistiu da vida de modelo e abriu uma marca com seu proprio nome, perdendo-a depois de uma briga de sócios logo depois. Hoje Inès é consultora de imagem e chairman da Roger Viver, além de ter assinado uma marca de sapatos com o designer francês Bruno Fissoni e escrever um livro.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cuidados com unhas roídas



Roí minhas unhas. Sim, aconteceu de novo. Mas ok, não se desesperem! Afinal, somos brasileiras e sempre damos um jeitinho, certo?

Andei observando que, infelizmente, além de mim, várias leitoras do blog tiveram uma recaída e roeram suas unhas. O mais importante é não relaxar agora. Continue com o hábito de cuidar das mãos sempre. O primeiro passo é fazer suas unhas normalmente. Comece pelas cutículas, pois elas que dão sensação de unha maior. Hidrate, empurre e retire com cuidado. Em seguida, lixe toda a ponta roída para evitar que aquelas pontinhas desagradáveis puxem fios e deem ainda mais vontade de roer. Depois de tudo pronto, aplique uma camada de alguma base fortalecedora potente para evitar que as unhas enfraqueçam ou cresçam quebradiças. Eu apliquei a base reestruturadora Risqué Technology.



Há quem diga que pintar as unhas roídas com cores escuras funciona melhor, pois as cores vibrantes acabam motivando mais a largarmos o vício. Eu discordo. Acho feio unha roída esmaltada com cores fortes. Para a empreitada escolhi o Prata, da Impala. Ele é um perolado lindíssimo e superfácil de aplicar e limpar. Duas camadas cobriram super bem a unha (ou o que sobrou dela). Nunca imaginei que usaria esmaltes metálicos tipo prata ou dourado, mas são super tendência e eu me apeguei demais. Achei lindo.

[caption id="attachment_3905" align="aligncenter" width="370" caption="Poderia ter pedido pra Nina ou Helô colocarem foto da unha delas, né? Mas já que roí, vou mostrar."][/caption]

Como não sou de ferro, achei que estava discretinho demais e fiz uma filha única no anelar esquerdo com o Glitter Forte da Hits, que eu super recomendo!


Como li na nossa página no Facebook que algumas leitoras também não resistiram à tentação e levaram os dedinhos à boca, eu torço para que elas consigam novamente se livrar do vício e que me mostrem logo, logo as unhas lindas, coloridas e compridas.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ruivice

Ruivas sempre chamam a atenção. A cor de cabelo natural é rara e, justamente por ser incomum, fios ruivos costumam ser associados          ao exótico, diferente. Hoje, vou apresentar os melhores tons da cartela dos avermelhados para cada tipo de pele.

Morenas devem apostar em tons mais fechados. Castanhos avermelhados, como o acaju, ficam bem em meninas com esse tipo de pele. Na mesma linha, vão as mulatas e negras, que devem optar por tons mais escuros.

O ruivo clássico, mais puxado para o laranja, só pode ser usado pelas bem braquinhas. As mais ousadas podem apostar até no vermelho mais puro. Pele clara vai bem com tudo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Ed Westwick

Ed Westwick virou nome conhecido com a série Gossip Girl. O cafajeste Chuck Bass é famoso pelo estilo arrumadinho, que contrasta com seu caráter nada aprazível.  Ao contrário do personagem, Ed tem um estilo muito mais moderno e se diverte na hora de se vestir.

O ator gosta de peças justas ao corpo e toques modernos, como golas V profundas e mangas cortadas – ou até falta delas. O ar despojado e urbano fica por conta das camisetas surradas.

As regatas fazem parte do guardarroupa do moço. Combinada a calças skinny e muitos acessórios alternativos, o perfume inglês fica mais forte em Ed. Cardigans e jaquetas figuram nos looks de inverno.

No tapete vermelho, o lado arrumadinho de seu personagem Chuck aparece. Risca de giz e gravata fina são os favoritos, mas nem por isso ele deixa de usar algo diferente eventualmente, um colete, por exemplo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

The Help



Ambientada na preconceituosa Jackson, Mississípi na década de 60 – auge da segregação racial norte-americana, o filme Histórias Cruzadas conta a história de uma jovem jornalista recém-formada que foge um pouco dos padrões da época – não se interessa por trabalhos domésticos, não tem marido nem pretende ter filhos, e que um dia decide escrever um livro sobre a visão das empregadas domésticas negras, um olhar que não agradava muito a sociedade branca da época.

Estrelado por Emma Stone (Skeeter), Violla Davis (Aibileen) e Octavia Spencer (Mimi) – ganhadora do oscar de melhor atriz coadjuvante nesse ano, o filme foi aclamado pela crítica e ganhou diversos prêmios, inclusive o BAFTA. O filme é baseado em um best seller da da escritora Kathryne Stockett e é dirigido por Tate Taylor.



O figurino é assinado por  Sharen Davis, que pretendia transmitir diferentes personalidades por meio das diferentes peças de roupa no figurino. O guarda-roupa do filme é composto de muito lady like, o tradicional estilo da década, com seus vestidos de saias evasê, estampas florais, óculos gatinho, luvas curtas e calça cigarrete.

domingo, 22 de abril de 2012

Alerta de tendência: baseball jacket



Peça "tem-que-ter" da estação, a baseball jacket (aquela usada pelos meninos populares nos filmes de high school norte-americanos) nos remete a um visual que parece ter vindo diretamente dos anos 90. É a chance de dar um toque jovem ao seu look, sem apelar para o visual teenager total.

Nas passarelas, a pioneira em aplicar o estilo foi a estilista francesa Isabel Marant, que apostou na versão toda feminina da baseball jacket em seu desfile de verão lá em 2011. Já a grife nova-iorquina Rag & Bone, criou a sua baseball jacket com uma pegada retrô, acabamento desgastado e mangas vinho no inverno 2012.

[caption id="attachment_3867" align="aligncenter" width="529" caption="Isabel Marant e Rag & Bone"][/caption]

Quem já apareceu várias vezes com a peça foi a nova queridinha no mundo da música, Lana Del Rey. No desfile da Mulberry, em fevereiro deste ano, Lana investiu em um modelo cinza com detalhes em vermelho. Para acompanhar, apostou em um jeans bem simples, sapatilhas nude e bolsa branca.



Recentemente, a cantora apareceu em um jogo dos Lakers vestindo a jaqueta acompanhada de jeans, slippers e lenço, usado como faixa na cabeça, no melhor estilo american girl. Desta vez, a peça esportiva tinha punhos, barra, gola de elástico, mangas em outro tom, bolsos laterais e uma letra “A” bordada do lado esquerdo, exatamente como as usadas por atletas de beisebol.



Ela é polêmica, nostálgica e sinônimo de estilo. Escolha a sua baseball jacket e combine com jeans, sapatilha, sneakers, sllipers, oxfords, bolsa maxi, micro, séria ou quadrada. Se jogue na tendência e aproveite!

Inspire-se...

sábado, 21 de abril de 2012

Samuel Cirnansck

A tradução literal do nome dessa seção é “É assim que eles fazem”. Nada mais condizente com o tema do que mostrar como um dos maiores estilistas do Brasil faz. Aliás, ele prefere não receber essa alcunha: “Eu não sou estilista. Não tenho nenhuma formação. Me considero costureiro e diretor criativo, mas não estilista”. Samuel Cirnansck esteve no Moinhos Shopping na última quinta-feira, 19, encerrando – com chave de ouro – as atividades do Moinhos Preview, evento de jornalismo de moda e mercado editorial do qual eu já tinha falado aqui.

Samuel falou de sua carreira e suas convicções, dando pinceladas em assuntos mais técnicos como o método utilizado no feitio de seus vestidos: “Eu sempre quis fazer luxo, mas levei algum tempo para acertar a mão”. Em 2000, com muito pouca experiência em costura, foi convidado a assumir uma maison em Nova Iorque. Recusou. Preferiu ficar no Brasil, via futuro na moda nacional: “Uma semana depois me inscreveram sem eu saber no Projeto Lab (espaço de experimentação para novos estilistas) e acabei entrando”.

[caption id="attachment_3859" align="aligncenter" width="529" caption="Vestido da coleção outono/inverno 2012"][/caption]

Hoje, mais de dez anos após seu início, fazendo camisetas para a Doc Dog, Samuel já é reconhecido e conhecedor do mercado. E trabalha por amor: “Se não amasse o que faço, estaria plantando batata”, diz o estilista – ops, desculpe, costureiro – que, caso não tivesse essa profissão, seria engenheiro agrônomo. Acredite, para ele, tem tudo a ver com moda.


Samuel é mesmo essa pessoa um tanto confusa. Mas seu caos é completamente organizado, ele garante. Apesar de fazer vestidos caríssimos, cujos preços concorrem até mesmo com carros, a consciência do costureiro é invejável: “Eu vivo no luxo e faço luxo, não significa que eu não olhe para os lados e veja o que tem de ruim no mundo”. Junto à mente de extrema criatividade – é capaz de criar uma coleção inteira em 20 minutos –, há uma visão política definidíssima e uma oratória que deixaria deputados de queixo caído. “A moda é o desejo mais superficial de uma pessoa, só anda quando todo o resto está legal, quando a pessoa já tem tudo”. É, realmente faz sentido.

Autodidata na pintura e na costura, Samuel é um verdadeiro artista, e sua inspiração é a mulher. Para ele, vender para homens é muito mais fácil do que vender para mulheres, uma vez que homens sabem o que querem e tudo tem que ser muito prático, sem muita frescura. A mulher, por outro lado, tem que ser entendida: “Quando uma mulher vai ao meu ateliê querendo um vestido, eu converso, para conhecê-la, saber quem ela é, quais são seus gostos”. A ideia é que a cliente saia de lá satisfeita, afinal, além da vitória pessoal para o próprio Samuel, ele conquista outra coisa: a propaganda positiva, coisa que não se consegue agradando só a críticos.

Falando em crítica, Samuel sequer as lê, para não se influenciar pelo que é dito. A opinião que realmente importa para ele é da cliente, a pessoa que o procurou por um vestido, não a de alguém que só viu o desfile e pode não ter gostado do que viu. “É muito complicado dar a sua opinião sobre algo quando você não conhece o trabalho que tem por trás.” Cada vestido tem cerca de 60 metros de tecido e, se não tivesse outros costureiros trabalhando junto, levaria até dois meses para ser feito. Pensando nisso, não é surpresa o desejo de Samuel para o futuro: “Espero que lembrem do meu trabalho pelo trabalho”. E que trabalho.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

VOGUE



Ser a melhor em seu ramo nunca é fácil e, quando esse ramo é a moda, fica ainda mais difícil se manter no topo. Porém, há uma “senhora” que pertence a esse mundo há algum tempo, 120 anos para ser mais exata, e continua no topo: a revista VOGUE, que conta com edições em 19 países, sendo o Brasil o único da América do Sul a ter tal publicação. VOGUE, que em francês significa “popular”, ainda hoje é considerada atual e detém o titulo de “biblia da moda”.

Criada em 1892, por Arthur Baldwin Turnure e Harry McVickar, em Nova Iorque, a revista, que era apenas um folhetim de 30 páginas na época, era totalmente direcionada para a vida da alta sociedade novaiorquina do final do século. Sete anos depois, em 1909, a VOGUE foi comprada pela editora do Conde Montrose Nast, fundador da Condé Nast. Em 1912, o folhetim virou revista e ganhou edições quinzenais, com o objetivo de transformar a moda em “objeto de desejo” das mulheres americanas.

Quatro anos depois, foi lançada a primeira edição fora dos Estados Unidos, publicada no Reino Unido, sob o comando de Elspeth Champcommunal. Já em 1920, foi lançada a VOGUE francesa, uma das principais responsáveis pelo sucesso da revista fora do território norte-americano.



Conforme se passavam os anos, a revista se adaptava ao público. Na década de 60, por exemplo, começou a ter um apelo mais jovem, voltado para as revoluções sexuais e para moda contemporânea da época. Já nos anos 70, a revista passou a apostar em editorias mais extensos e elaborados, adotando um estilo diferente para atender às mudanças de seu público alvo. Em 1975, o grupo Carta Editorial lançou a revista VOGUE Brasil, sob o comando de Luiz Carta, que permaneceu até 1986. Em 2010, a revista foi vendida para a editora Condé Nast, da Rede Globo.

Já no final da década de 80, a revista ganhou status mundial de “bíblia da moda”, a partir da ascensão de Anna Wintour, que mudou radicalmente a publicação, além de lançar várias outras revistas "afiliadas", como a Teen Vogue, a Men’s Vogue e a Vogue RG.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Missão Azul



Já é sabido por vocês que eu tenho taquicardias por esmalte azul, né? Então, o escolhido da vez foi o Missão Azul, da coleção Fórmula Secreta Nutri Verniz da Colorama. Dia desses mostrei o Fagulha, dessa mesma coleção, aqui no blog.

Para o efeito abaixo, apliquei duas camadas do Missão Azul sem top coat. Claro que, depois da foto, apliquei uma camadinha para preservar o esmalte, mas se fosse só pelo brilho, nem precisava. Como se não fosse gracinha o suficiente, ele tem umas partículas de brilho quase imperceptíveis, que servem para dar profundidade ao esmalte aplicado.


Apostem nessa cor, meninas! O azul vai bombar no inverno.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Falando de moda

Nunca o mercado de jornalismo de moda foi tão grande no Brasil, e ele continua se expandindo. Nos últimos dois anos, as revistas especializadas no assunto dobraram de número no país, mudaram de estrutura e abriram espaço para mais profissionais. Essa foi a discussão que se instaurou no terceiro andar do Moinhos Shopping na noite desta terça-feira, 17, em Porto Alegre. Ministrado pelas Patrícias, o Moinhos Preview levou ao palco André Passos, fotógrafo, e Adriana Bechara, diretora de moda da revista Glamour – que acaba de ser lançada no Brasil.

Os profissionais deram detalhes sobre o funcionamento do mercado editorial no Brasil, que, segundo André, ainda é muito didático. O moodboard (um tipo de cartaz composto de imagens utilizado para criar o “humor” do editorial) tem uma página de referências para o stylist, uma página sobre atitude para a modelo, uma página de planejamento de luz para o fotógrafo. André teme que isso engesse o trabalho ao que está planejado: “O grande barato da fotografia é que ela acontece naturalmente. Os melhores cliques acontecem no momento que não é visto na rua, naquele movimento que não existe”. Ele acredita que o mercado de jornalismo de moda do Brasil ainda passa por um processo de “alfabetização”.

Em contrapartida, Adriana defende que o moodboard é, sim, necessário. A equipe só não pode se ater demais a ele. A jornalista também destaca o progresso ocorrido no mercado nos últimos anos: “Depois que saí da Vogue a assumi a Glamour, as revistas passaram por uma reestruturação, foram criados novos cargos e pudemos contratar mais pessoas”, explica. “Eu contratei um menino de 20 anos para ser assistente de stylist e isso é ótimo, porque ele vai ter uma formação muito mais completa na revista, sem os vícios da publicidade, por exemplo”.

O mercado

Para quem quer seguir no jornalismo de moda, o momento é propício: “O mercado está precisando de profissionais sérios”, diz Adriana. Hoje, a maioria dos jornais tradicionais dá espaço para a moda, e esse crescimento é confirmado por outros entendidos do assunto. Segundo um dado de Paulo Borges, idealizador e diretor artístico da São Paulo Fashion Week, a moda no Brasil só perde para o futebol em mídia espontânea, algo grande para o país que tem o esporte como paixão nacional.

Como ser um bom jornalista de moda

Adriana e Patrícia Parenza, uma das curadoras do evento, deram dicas para quem quer ser um bom jornalista de moda, e ambas concordam que a chave para a qualidade é informação.

“A informação é a matéria preciosa do jornalista, e não é só entrar num site ou ver um desfile”, sublinha Adriana. “Para você ser um bom jornalista de moda, você deve ter curiosidade pelo que é novo, por tudo que está acontecendo no mundo e que não tem necessariamente a ver com a moda.”

Patrícia diz que é necessário ler “absolutamente tudo” de moda, arte, música, cinema, todas as expressões artísticas: “A moda bebe em todas essas fontes. Então, se a pessoa não sabe a história da arte, do cinema, da música, ela não pode escrever sobre moda, porque ela não vai ter referência, ou e

mbasamento histórico e técnico para falar sobre algo”. Para a curadora, fazer faculdade de jornalismo também é fundamental, mas é interessante complementar a formação com um curso de moda.

A jornalista ressalta que muitas pessoas pensam que escrever sobre moda é fácil, basta saber que a calça é mais curta, é mais justa, a saia é longa, ou curta, ou ampla ou ajustada, quando, na verdade, tudo é muito mais amplo: “Tem que ir mais a fundo, pois a moda expressa o espírito do momento, o que é esse espírito, da onde ele vem”, pontua. “Apenas se estivermos completamente conectados com a arte é que vamos conseguir entender a moda.”

Moinhos Preview

O evento continua no Moinhos Shopping até a quinta-feira, 19 de abril.

O último dia de Moinhos Preview, 19, traz Samuel Cirnansck, que falará sobre identidade, estilo versus tendências e alta-costura no Brasill. O estilista também comentará seu desfile de inverno na SPFW, mostrando looks ao vivo.

Todos os bate-papos – com exceção da abertura – ocorrem no 3º andar do Moinhos Shopping (Rua Olavo Barreto Viana, 36, Moinhos de Vento, Porto Alegre), e a entrada é franca.

P.S.: Só para compartilhar meu momento de tiete com As Patrícias e o André Passos. Encontrei elas no corredor do shopping, depois do evento, e ele quando estava saindo.